Na despedida da turnê "Super", o cantor Jão provou - da melhor forma possível - o motivo de todo seu sucesso e o porquê conseguiu encher, pela terceira vez, um estádio de futebol. Foram quase três horas de show, com muita dança, fogo e até voo com direito a música no topo do telão de um palco imenso, fazendo um verdadeiro espetáculo!
Com muita irreverência, personalidade e um Allianz Parque inteiro cantando todas as músicas do show (pela terceira vez), o cantor, de 30 anos, se emocionou em muitos momentos. Foi a despedida de sua primeira grande turnê, que, segundo o próprio, foi pensada e planejada durante muitos anos, se transformando em um grande sonho (e que sonho!). O amor de Jão pela turnê é tanto que ele criou uma tradição: escreve uma carta e entrega para um fã em cada show - no último, todos ganharam uma cartinha para chamar de sua, já que milhares despencaram do teto!
O palco é outro show à parte: com telões enormes, passarelas com escadas e um dragão enorme "segurando" nas laterais, além de aparelhos com fogos e chamas. O cantor consegue fôlego para aproveitar todos os detalhes da superprodução para mostrar ao público seu talento de todos os lados e lugares do grande palco.
O repertório também não deixa a desejar, com sucessos como "Idiota", "Escorpião", "Pilantra" e "Vou morrer sozinho", Jão conquista até quem não é fã. E vale lembrar que ele mesmo compôs todas as suas músicas sozinho!
Mas, com certeza, o show possui dois momentos mais marcantes (e que, particularmente, eu nunca tinha visto igual...): o voo e a cama em chamas. No primeiro, Jão é erguido por correntes até o topo do telão principal - isso enquanto imagens de "abdução" são transmitidas no fundo e "Sinais" é tocada. Ele aproveita, inclusive, para cantar a próxima música lá de cima, como se estivesse no topo de um prédio. Já o segundo, o cantor vai para o palco menor, ainda mais próximo do público, onde há uma cama no centro. Durante a performance, fogo se acende ao redor do móvel, que levanta alguns metro e dá ao público a sensação de que Jão está no meio de um incêndio, enquanto o próprio faz coreografias em meio ao fogo.
Jão é a prova de que devemos reconhecer e idolatrar, sim, nossos artistas brasileiros, que se esforçam e entregam performances e produções melhores do que muito gringo por aí... Nossa musical nacional é poderosa!
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