No último dia 30/11, aconteceu um dos eventos mais aguardados do segundo semestre: a turnê Nex Gen do Bring Me The Horizon. O show, que foi o maior da carreira da banda, contou com atrações incríveis, como The Plot in You e Spiritbox, que fizeram sua estreia no Brasil. Além disso, o evento marcou o retorno do Motionless in White ao país, após sua última passagem em 2015.
Veja como foi:
The Plot in You
Os estreantes no país e responsáveis pela abertura dos shows, The Plot in You, realizou uma apresentação breve, mas impactante. A performance foi marcada pelo destaque do baterista Michael Cooper e pelo vocal intenso do vocalista Landon Tewers. O setlist apresentado, foi:
Don't Look Away
Divide
Pretend
Paradigm
THE ONE YOU LOVED
Face Me
Been Here Before
Forgotten
Spare Me
All That I Can Give
Left Behind
DISPOSABLE FIX
FEEL NOTHING
Destaque para as músicas “THE ONE YOU LOVED” e “Forgotten”, em que toda a banda demonstrou muita sintonia, soando coesa e conectada em cada trecho.
O show se encerrou com “FEEL NOTHING”, uma das principais músicas da banda, que fez a plateia cantar e gritar a cada refrão, aquecendo os pulmões para o que viria a seguir.
SPIRITBOX
A segunda banda estreante da noite, Spiritbox, fez uma excelente apresentação, conquistando não apenas os fãs já presentes, mas também atraindo novos públicos. Em minha opinião, foi o segundo melhor show do dia, ficando atrás apenas dos "donos da casa", o Bring Me The Horizon.
É impossível falar de Spiritbox sem destacar a impressionante vocalista Courtney LaPlante, que demonstrou um excelente controle vocal, alternando com classe entre vocais pesados e rápidos, além de passagens melódicas. No palco, ela "desfilava" com sua presença marcante, encantando a plateia a cada canto. O setlist da banda foi:
Cellar Door
Jaded
Angel Eyes
Soft Spine
The Void
Perfect Soul
Hurt You
Yellowjacket
Blessed Be
Rotoscope
Circle With Me
Holy Roller
Hysteria
Logo no início, com "Jaded", a vocalista demonstrou todo seu talento. Com sua voz melódica e envolvente, conquistou o público e incendiou o estádio. O guitarrista Michael Stringer também se destacou, acrescentando uma energia única à apresentação.
”Soft Spine”, “The Void” e “Circle With Me”, foram os pontos altos da apresentação, destacando cada vez mais a versatilidade da frontgirl, mas também o conjunto de toda a banda, que funciona muito bem e destaca ainda mais a vocalista.
O encerramento veio com "Hysteria", que foi ovacionada pelo público ao final da apresentação. Esse momento só aumentou a expectativa dos fãs para a próxima passagem da banda pelo Brasil.
Motionless in White
Após quase 10 anos sem pisar no Brasil e um recente cancelamento no Knotfest de 2022, a banda finalmente retornou ao país no dia 30/11, para aquecer o público antes da apresentação do Bring Me The Horizon.
A expectativa do público era enorme, e o Motionless in White fez jus à espera de quase 10 anos. Com vocais poderosos de Chris "Motionless", a banda se apresentou de forma impecável, com cada integrante se encaixando e se complementando perfeitamente. Os destaques também ficaram por conta do baterista Vinny Mauro, dos guitarristas Ryan Sitkowski e Ricky Olson, que trouxeram uma energia contagiante e elevaram ainda mais a performance do grupo.
Confesso que senti falta de uma maior interação da banda, especialmente do vocalista Chris, com o público. Considerando o longo tempo sem uma visita ao Brasil e o recente cancelamento em 2022, esse detalhe não comprometeu a excelente performance da banda, mas poderia ter tornado o show ainda mais memorável, estreitando a conexão entre os músicos e os fãs.
O setlist apresentado foi:
Meltdown (Shortened)
Sign of Life
Thoughts & Prayers
Masterpiece
Slaughterhouse
Werewolf
Abigail
Reincarnate
Another Life
Somebody Told Me (cover The Killers)
Voices
Eternally Yours
Os destaques iniciais, ficaram com "Sign of Life", "Masterpiece" e "Slaughterhouse", que foram recebidas com entusiasmo pelo público, sendo especialmente marcante a reação ao último hit, que gerou uma energia contagiante e um clima de euforia coletiva.
Na sequência, "Another Life" tomou conta do público, criando um momento emocionante. Em seguida, a banda surpreendeu com o cover de "Somebody Told Me", clássico do The Killers, que soou perfeito na versão do Motionless in White, trazendo muita energia a música.
O show terminou de forma impecável com a dobradinha de "Voices" e "Eternally Yours", que selaram a performance com uma energia contagiante, deixando o público extasiado.
Bring Me The Horizon
A banda voltou ao Brasil após dois anos e cumpriu a promessa de entregar o maior show de sua carreira. O que se viu foi uma verdadeira explosão de energia: um espetáculo visual de pirotecnia, projeções visuais, setlist impecável e uma presença de palco e interação absurda por parte da banda e especialmente do vocalista Oliver Sykes.
O Allianz Parque se transformou em um caldeirão de emoções e vibração. Sem dúvidas, um show que vai ficar marcado na minha memória e na de todos os fãs presentes!
Falar sobre Bring Me The Horizon sem mencionar a presença marcante de Oli Sykes, seu carisma e sua conexão com o Brasil é praticamente impossível. A todo momento, o vocalista expressa sua admiração pelo país, fazendo questão de demonstrar o carinho que sente pela terra tupiniquim, seja em palavras ou atitudes. Essa relação próxima com os fãs brasileiros é uma das marcas registradas da banda e faz cada show ser ainda mais especial.
O setlist apresentado, foi:
DarkSide
MANTRA
Happy Song
Teardrops
AmEN!
Kool-Aid
Shadow Moses
[ost] (spi)ritual (live debut)
n/A
Sleepwalking
Kingslayer
Parasite Eve
Antivist
Follow You
LosT
Can You Feel My Heart
Doomed
Drown
Throne
O show começou com "DarkSide" e, em seguida, veio uma tríade avassaladora: "MANTRA", "Happy Song" e "Teardrops". O público estava em êxtase, sem saber se cantava, pulava ou se jogava nos moshpits. Com esse início impecável, a banda já mostrava a que veio, deixando claro que aquele seria um show inesquecível, repleto de energia e intensidade do começo ao fim.
Após uma pausa para a galera recuperar o fôlego, a sequência seguiu com "AmEN!" e "Kool-Aid", do mais recente álbum Post Human: NeX GEn (2024). Nesse momento, todos começamos a nos preparar para o famoso "jump the fuck up", enquanto cantávamos a intensa frase "Just let me suffer, just let me breathe". E, de fato, era exatamente o que precisávamos: um breve respiro, para continuar toda a euforia.
Em “Shadow Moses” começou o show de sinalizadores, incentivado pelo próprio vocalista Oliver Sykes, que acendeu um em cima do palco. O público entendeu o recado e em diversos pontos do local, sinalizadores foram acesos enquanto todos cantavam o refrão “we’re going nowhere” em meio aos moshpits. No entanto, pelo uso dos sinalizadores, devido aos riscos de acidentes, várias pessoas foram retiradas pela segurança. Embora seja proibido, o uso dos sinalizadores traz uma estética única, trazendo imersão e intensidade ao show, reforçando a temática rebelde e desafiadora do Metal.
Em "n/A", o destaque vai para a bela voz limpa de Oli Sykes, sem os tradicionais screams, o que foi muito bem recebido e acompanhado por todo o público.
A sequência veio com a clássica “Sleepwalking” e logo em seguida “Kingslayer”. "Sleepwalking" começou com sua introdução suave ao piano, criando um clima envolvente, que fez o público cantar junto com muita emoção. Já "Kingslayer" explodiu com uma energia contagiante, acompanhada de projeções nos telões que ampliavam a interação da banda com o público.
Em “Antivist”, tivemos uma grande surpresa: a banda convidou Di Ferrero, do NX Zero, e o funkeiro MC Lan para uma participação especial. A combinação de estilos trouxe uma dinâmica única à música, o que foi muito bem aceito e recebido por todos.
Em “Follow You”, tivemos um dos momentos mais bonitos do show. Oli pediu para as mulheres subirem nos ombros dos homens, enquanto ele cantava essa balada emocionante. Com os flashs e luzes acesas nas arquibancadas, o Allianz Parque se transformou em um espetáculo visual, tornando aquele instante ainda mais mágico e memorável, com todos unidos na energia da música enquanto cantavam e ressoavam o refrão "I will follow you, I will follow you".
Em “Can You Feel My Heart”, o Allianz Parque foi tomado por uma chuva de corações voando pela pista, criando um espetáculo visual que acompanhava perfeitamente a música.
Mais ao final, “Doomed” e “Drown” tomaram conta do Allianz Parque. O público cantou com tanto sentimento que dava pra ver várias pessoas emocionadas. Nesse momento, Oli desceu do palco e foi de um lado a outro, cantando e abraçando os fãs durante Drown. Foi um momento bem emocionante, que fez a conexão dele com os fãs ficar ainda mais forte. Todo mundo ali parecia viver aquele momento de forma memorável.
Pra fechar com chave de ouro a maior apresentação da carreira da banda, o estádio literalmente pegou fogo com “Throne”. E quando eu falo que pegou fogo, é quase isso mesmo! A cada refrão e grito do Oli, uma barreira de chamas subia do palco, deixando tudo ainda mais intenso. E no meio da música, teve uma explosão de fitas jogadas para a plateia. E o mais impressionante: mesmo sendo a última música e depois de quase duas horas de show, o público não parava de cantar e pular. Tudo estava incrível, uma energia que não dava para descrever.
O fim do show chegou, e Oliver, Lee Malia (guitarrista), Matt Kean (baixista) e Matt Nicholls (baterista) fizeram questão de agradecer o carinho e a recepção incrível do público brasileiro. Eles se despediram do estádio sendo ovacionados, com a certeza de que realmente fizeram o maior e mais emocionante show de suas carreiras.
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