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Review: Open Wide - Inhaler

O lançamento no dia de hoje (07/02/2025) do Open Wide da banda Irlandesa Inhaler formada por Elijah Hewson (Guitarra/Vocal), Josh Jenkinson (Guitarra), Robert Keating (Baixo), Ryan McMahon (Bateria) trouxeram o 3° álbum e o mais experimental e interessante da banda até o momento. Produzido dessa vez pelo lendário ''Kid Harpoon'' (Thomas Edward Percy Hull) conhecido por produzir músicas e discos de artistas que variam de Harry Styles, Lykke li e Florence + the Machine que acompanha uma sonoridade mais pop e com músicas que lembram os anos 70-80-90 renovando assim o repertório da banda, mas sempre mantendo o estilo alternativo já conhecido pelos fãs.



Divulgação via: Facebook
Divulgação via: Facebook

Sobre as tracks:


O álbum abre com a faixa ''Eddie In The Darkness'', é um som que no primeiro momento prende a atenção para o que está por vir, a track mostra como a banda pode inovar e ainda chamar a atenção de quem escuta, tem um peso sendo o mais diferente dos singles lançados anteriormente. A faixa em sequência é ''Billy (Yeah Yeah Yeah)'' que remete aos anos 90 sendo mais um groove pop sem dúvidas é um dos inúmeros destaques do álbum, o refrão prende é tem muita profundidade pois explora essa complexidade toda dos relacionamentos humanos que é uma ''tecla'' que o disco bate muito forte, o eu lírico mostra toda a delicadeza e dúvida, como se fosse aquele medo de encarar um relacionamento, uma incerteza, e possivelmente estragar tudo no início e fica muito claro nessa parte:


'' If I come a little too close, should I back away?


Should I havе listened to the things you used to say? ''

.



É extremamente impressionante e visível a evolução da banda desde a track 2 até a 7, são lineares no contexto romântico que o álbum passa, mas são construídas de formas tão diferentes que conseguem prender a atenção mostrando a inovação, ''Your House'' cria todo um sentimento contagiante em quem a escuta. ''A Question of You'' por si só é eletrizante e chiclete, ''Even Though'' é melancólica na letra mas sem perder a essência do álbum pois é uma música que ''pede socorro'' o eu lírico nela mostra como está frustrado, mas ainda sim espera por algo melhor.



''Again'' é uma das faixas mais calmas do álbum que vai crescendo aos poucos e tomando conta de tudo, os arranjos da música compõem um ambiente tranquilo ele dita outro rumo para as músicas que estão por vir mostrando que pode surpreender até o fã mais clássico da banda, o destaque principal aqui vai para o baixo de Keating e Guitarra de Josh.


Divulgação via: Facebook
Divulgação via: Facebook

OPEN WIDE E SUA IMPONÊNCIA


''Open Wide'' é facilmente a melhor track do disco inteiro, é uma série de fatores que criam um ambiente de nostalgia, liberdade e repreensão sobre uma pessoa, é a música mais diferente de todo o álbum ela é bastante introspectiva e densa a medida que a música se desenvolve tem um peso em que escuta, é quase impossível escutar essa música sem se conectar com ela seja lembrando de alguém ou de algum momento especial, essa progressão melódica cria uma sensação de ascensão e mostra a crueldade de um relacionamento tóxico; Ele luta entre o sentimento de estar próximo da pessoa e o medo de manter ela por perto, são mais de 17 pessoas interpretando a faixa. O peso da letra é algo de fora desse mundo é como se o Elijah quisesse se manter fiel aos próprios pensamentos mas a forma como ele representa os sentimentos de amor e manipulação e fora do comum parece uma catarse infinita.



'' I'll stay with you

When you are cruel to the violent thoughts in your head


But sometimes you'll do much worse


You can't reverse the beautiful things you said ''




''All i got is you'' e ''Still Young'' quase que se entrelaçam e conectam pois na primeira ele tem o medo e a certeza andando lado a lado ao fim da música de que sabe o que vai fazer quando perder a pessoa, mesmo se ele tiver só aquela pessoa pra ele em algum momento o fim iminente vai chegar de forma inevitável, e logo em seguida na segunda faixa ele se vê jovem e sem ter o peso de perder a pessoa pois sabe que tem muita coisa para viver, é difícil escutar ''Still Young'' e não lembrar de ''Forever Young'' do Alphaville, o sentimento predominante é o mesmo.



''The Charms'' essa música lembra muito as músicas do Neighbourhood no último disco entitulado ''Chip Chrome and the Monotones''


''X-Ray'' tem um dos melhores riff's que a banda já compôs, é de longe o que mais marca neste álbum, é uma sonoridade que beira o vintage do britpop só que com o alternativo/indie rock atual, o jeito como fizeram a construção melódica é envolvente demais. Vale muito a pena dar uma conferida!





Veredito


Esse é o disco mais inovador e experimental da banda e consequentemente vai conseguir ser o mais comercial, a atmosfera do álbum pros dias atuais do indie rock consegue ser revolucionária, esse disco já pode ser considerado um clássico da banda pois mesmo nas faixas menos desejadas como ''Still Young'' ou ''Concrete'' ele consegue manter que a escuta em um looping, os riff's usados são cativantes e apesar das letras tristes ele ainda possui uma melodia animada. É um disco que dá pra dançar dependendo de qual está tocando, os vocais do Elijah são lineares pro padrão da banda mas em track's específicas como ''Your House'' ele se destaca bastante como é o caso do refrão que dita outra sonoridade pra música.


Nota Final: 8/10



Tracklist do Álbum:


1- Eddie In The Darkness

2- Billy (Yeah Yeah Yeah)

3- Your House

4- A Question Of You

5- Even Though

6- Again

7- Open Wide

8- All I Got Is You

9- Still Young

10- The Charms

11- X-Ray

12- Concrete

13- Little Things




A banda terá duas passagens este ano no Brasil, sendo a primeira delas na Audio de São Paulo no dia 27/03/2025 na qual vão abrir o show da Girl in Red, e também se apresentarão no Lollapalooza 2025 no palco Samsung Galaxy no dia 28/07/2025, para mais informações acessem o site da Ticketmaster.






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