A noite de sexta-feira (12/07) foi marcada por uma sequência eletrizante de shows que culminaram na apresentação da icônica banda Suicidal Tendencies. O evento, realizado no Sacadura 154, no Rio de Janeiro, atraiu uma multidão de fãs ansiosos por uma experiência sonora intensa.
A abertura do evento ficou a cargo da banda Pavio. Conhecida por suas músicas de linguagem agressiva e letras que funcionam como um grito de socorro, a banda não decepcionou. Suas canções, carregadas de contextos sociais e políticos, foram executadas com uma energia frenética.
Em seguida, foi a vez da banda Eskröta tomar o palco. Com discursos potentes e uma presença de palco marcante, as mulheres da Eskröta trouxeram à tona temas como feminismo, dominação e uma crítica feroz ao machismo. Suas letras e a energia surreal de suas performances trouxeram à superfície questões muitas vezes silenciadas, envolvendo o público em um diálogo musical profundo e necessário.
A terceira banda a se apresentar, D.F.C., não apenas manteve a energia elevada, mas a levou a novos patamares. Com um estilo hardcore, suas letras ressoaram fortemente entre os presentes. A intensidade do show foi tamanha que várias rodas punk se formaram, transformando a plateia em um mar de movimento e energia pura. A banda preparou o terreno de forma magistral para a atração principal da noite, deixando o público em um estado de expectativa quase palpável.
Foto por @vicskbr para o @eutonagrade
Suicidal Tendencies iniciou sua apresentação ao som de "You Can't Bring Me Down", e a energia do show foi simplesmente surreal. A banda abriu com força total, e a sequência com "Lost Again" e "I Shot the Devil" manteve o público em um estado de euforia constante. Cada música era um soco de adrenalina, e o espaço se transformou em uma verdadeira roda punk, com um mar de gente em constante movimento e crowd surfing, cada um vibrando à sua maneira.
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O momento mais inesquecível da noite, no entanto, veio na última música do setlist, "Pledge Your Allegiance", quando o vocalista Mike Muir chamou os fãs para subirem ao palco. A resposta foi imediata. Sem hesitar, a redatora pulou a grade, com a ajuda dos seguranças, e logo se juntou a uma multidão de outros fãs que não queriam perder a chance de viver esse momento de proximidade com seus ídolos.
Foto por @vicskbr para o @eutonagrade
Ao subir no palco, não só a redatora, mas muitos fãs ficaram bem perto do baterista Jay Weinberg, que estava simplesmente destruindo com sua performance incrível. A interação com ele foi um dos pontos altos da noite – Jay, o baterista, trocou toques de mão com todos e conversou com os fãs. Muitos pediram por baquetas, mas ele informou que estava com poucas para essa turnê, e por isso não poderia dar para todos. Mesmo assim, isso não foi um problema, pois ele continuou interagindo com os fãs até que a produção pediu para que saíssem do palco. Foi uma experiência única, com a energia pulsante do show de uma forma nunca antes experimentada. Ver tantos fãs ao redor compartilhando essa experiência só aumentou a sensação de comunidade e paixão que permeava o ambiente.
O encerramento do show foi tão especial quanto seu início. Após a última música e o momento de interação, Mike Muir desceu do palco para se misturar aos fãs, tirando fotos e conversando com todos que conseguiu. Jay Weinberg fez o mesmo, atendendo a todos com simpatia, tirando fotos e distribuindo autógrafos. Este contato próximo com a banda foi um ato de carinho e respeito pelos fãs, fazendo com que eles se sentissem acolhidos pelo Brasil.
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O show do Suicidal Tendencies foi marcado não apenas pelas músicas pesadas e pela energia avassaladora, mas também por momentos de genuína conexão entre a banda e os fãs. Foi uma noite para recordar, sem dúvida, uma experiência que ficará para sempre gravada na memória de todos os presentes.
Foto por @vicskbr para o @eutonagrade
Texto por: Ana Clara de Melo
Fotos por: Victor Rodrigues
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